Em 07/02, a Fundação Cultural de Joinville (FCJ) recebeu a visita do superintendente do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Dalmo Vieira Filho. Antes da solenidade, que marcou a assinatura da ordem de serviço de restauro da Casa Fleith e a apresentação do projeto de conservação do Cemitério do Imigrante, o superintendente visitou o Museu de Arte e o Museu Nacional de Imigração e Colonização acompanhado pela direção da FCJ.
A solenidade realizada na sala do colegiado contou com a participação do Prefeito Carlito Merss, secretários municipais e coordenadores das unidades da Fundação Cultural. O projeto de restauro da propriedade foi financiado pela FCJ no valor de R$ 14 mil, sendo acompanhada pela equipe técnica da fundação e do Iphan. A obra, que será patrocinada pelo Iphan, terá um investimento de R$ 392 mil para a restauração da edificação, elétrica, hidráulica, cobertura e piso da casa. A empresa contratada tem até o final de 2012 para execução das obras.
“Este projeto deverá servir de exemplo para os patrimônios tomabados públicos e privados” ressaltou o prefeito. Além disso, Carlito também destacou a educação patrimonial como valorização do bem público, da história e da memória da cidade.
Os proprietários da Casa Fleith, a senhora Idenilda Godi Fleith e o senhor Osni Fleith também estiveram presentes no evento. Para eles, a assinatura do termo é motivo de comemoração. “Estamos muito felizes com o início das obras”, diz Idenilda, que pretende voltar a morar na região rural.
O projeto de conservação e reabilitação do Cemitério do Imigrante foi apresentado pela arquiteta Silvia Bueno. O aproveitamento do cemitério como espaço de vivência é um dos pontos principais do projeto. Considerado o bem tombado mais antigo da cidade, o cemitério deverá permanecer como um local de lazer, cultura e turismo, além da referência como patrimônio da cidade.
Os trabalhos de pesquisa duraram dois anos, com 13 sub-projetos. Entre eles, o levantamento histórico, a pesquisa planialtimétrico (topográfico), levantamento florístico, identificação de materiais, levantamento cadastral de túmulos , mapeamento de danos, mapeamento de túmulos,.
“Pesquisas botânicas foram realizadas até mesmo para saber o tipo de árvore a ser plantado a fim de não descaracterizar a memória do imóvel, nem prejudicar o solo”, contou Silvia. O projeto contou com o empenho de diversos profissionais: arquitetos, historiador, biólogo, engenheiro civil, engenheiro eletricista, arqueólogo e topógrafo. Ao todo, 12 mil metros quadrados de área foram analisados.
Mais recursos para o Patrimônio Histórico
Durante a solenidade, foi anunciada pelo superintendente Dalmo Vieira o investimento nas obras do Museu de Arte de Joinville (MAJ). Além do recurso do projeto aprovado no Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec), R$97 mil para as obras do telhado, o IPHAN vai investir R$ 120 mil no complemento das obras do museu.
O presidente da Fundação Cultural de Joinville, Silvestre Ferreira, também ressaltou o investimento em recursos humanos. “Nesta semana contratamos dois concursados na área de arquitetura e arquivologia que contribuirão com os projetos da fundação.
(Texto original de Emanuelle Carvalho; enviado por Giane Maria de Souza)
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